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Ingestão de Carne Processada e os Riscos para a Saúde Intestinal

Prevenção

Ingestão de Carne Processada e os Riscos para a Saúde Intestinal

Nos últimos anos, diversos estudos científicos têm mostrado uma relação preocupante entre o consumo frequente de carnes processadas — como salsicha, linguiça, bacon, presunto, salame e mortadela — e problemas de saúde, incluindo riscos aumentados para o intestino.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as carnes processadas como carcinogênicas para humanos (Grupo 1), ou seja, há evidências suficientes de que o seu consumo está associado ao aumento do risco de certos tipos de câncer, especialmente o câncer colorretal.

Por que a carne processada faz mal ao intestino?

O problema não está apenas na carne em si, mas principalmente nos processos e aditivos usados para conservá-la e realçar seu sabor. Entre os fatores de risco, destacam-se:

  • Nitratos e nitritos: conservantes usados para manter a cor e prevenir bactérias, que podem formar compostos cancerígenos no organismo.
  • Alto teor de gordura saturada: que contribui para inflamações crônicas e problemas metabólicos.
  • Temperos e aditivos químicos: que podem irritar a mucosa intestinal e alterar a microbiota.
  • Processo de defumação: que gera substâncias tóxicas (hidrocarbonetos aromáticos policíclicos) associadas a danos celulares.

Efeitos na saúde intestinal

  • Aumentar o risco de câncer de intestino grosso.
  • Prejudicar o equilíbrio da microbiota intestinal.
  • Estimular inflamações na mucosa intestinal.
  • Piorar sintomas em pessoas com doenças inflamatórias intestinais.

O que dizem as pesquisas?

Estudos indicam que o consumo diário de apenas 50 g de carne processada (o equivalente a uma salsicha ou duas fatias de bacon) pode aumentar o risco de câncer colorretal em cerca de 18%.

Prevenção: alimentação e rastreamento

Para reduzir os riscos, é importante adotar hábitos alimentares mais saudáveis:

  • Incluir proteínas vegetais (feijão, lentilha, grão-de-bico, tofu).
  • Aumentar o consumo de fibras (frutas, verduras, legumes, cereais integrais).
  • Manter uma dieta variada e equilibrada.
  • Limitar carnes processadas a consumo eventual.

Mas a prevenção não se limita apenas à dieta. O acompanhamento médico e exames preventivos desempenham papel fundamental.

Colonoscopia: um passo essencial na detecção precoce

Como o consumo de carnes processadas está ligado ao maior risco de câncer colorretal, a colonoscopia é uma aliada indispensável na prevenção. Esse exame permite visualizar diretamente o interior do intestino grosso, identificar e remover pólipos — lesões que podem evoluir para câncer — e investigar sintomas como sangramento, dor abdominal persistente ou alterações no hábito intestinal.

A recomendação é que pessoas a partir dos 45 anos ou antes com histórico familiar de câncer de intestino realizem a colonoscopia regularmente, conforme orientação médica. Em casos de sinais de alerta, a investigação deve ser feita o quanto antes.

O que os nossos clientes dizem: